A AP Moller Maersk desistiu da venda sua fábrica de contentores reefer (MCI) aos chineses da CIMC, face à oposição norte-americana.
O negócio foi anunciado há um ano, com a CIMC a acordar pagar 987,3 milhões de dólares à Maersk pela MCI. Mas estava sujeito à aprovação por várias autoridades da Concorrência, e o Departamento de Justiça dos EUA não deu o seu ok.
Para os EUA, a compra da MCI pela CIMC combinaria os segundo e quarto maiores fabricantes mundiais e concentraria em mãos chinesas mais de 90% da produção mundial de contentores reefer, o que foi entendido como uma ameaça aos carregadores e consumidores norte-americanos.
Além do mais, justificou o Departamento de Justiça, o negócio, a acontecer, aumentaria o risco de os restantes fabricantes de contentores concertarem posições, em prejuízo dos clientes, até porque a maioria tem proprietários comuns ou parcerias entre eles.
Assim sendo, a Maersk anunciou que continuará a “orgulhosa proprietária da MCI no futuro previsível”.
A MCI foi fundada em 1991. Detém uma fábrica em Qingdao, China, e um centro de investigação e desenvolvimento de Tinglev, Dinamarca, e emprega 2 300 trabalhadores.