As exportações portuguesas para os EUA têm vindo a aumentar e o país já é o nosso quarto principal cliente. Mas o futuro poderá trazer obstáculos.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o peso dos EUA nas exportações de Portugal passou de 5%, em 2019, para 6,8%, em 2023, com o país a ocupar a quarta posição entre os principais clientes nacionais.
Em 2024, os números já disponíveis até Novembro mostram que os EUA mantêm o lugar, atrás de Espanha, França e Alemanha.
As exportações de bens e serviços para os EUA atingiram os 8,9 mil milhões de euros em 2023 (como indica um relatório do Gabinete de Estratégia e Estudos), com uma subida de 8,2% face ao ano anterior.
Olhando apenas para as exportações de bens, contaram 5,23 mil milhões de euros em 2023, com destaque para os Produtos Químicos (26,7%), os Combustíveis Minerais (17,9%), as Máquinas e Aparelhos (10,2%), os Plásticos e Borracha (7,2%) e os Metais Comuns (6,2%).
Entre os produtos de destaque estão os medicamentos, sendo que, segundo um balanço AICEP, com base nos dados do INE, os EUA são o principal mercado de exportações de saúde portuguesas.
Por outro lado, a quota dos EUA nas importações de Portugal tem vindo a aumentar mas continua residual, situando-se nos 0,21% em 2023. Os EUA são o 9.º principal país fornecedor de Portugal.
Portugal importa dos EUA produtos como Combustíveis Minerais (56,4% em 2023), Máquinas e Aparelhos (8,4%), Produtos Agrícolas (7,7%), Veículos e Outro Material de Transporte (6,5%) e Produtos Químicos (4,5%).