O mercado mundial de carga aérea começou o ano a cair 14,2%. Na Europa o recuo chegou aos 20,4%, segundo a IATA.
Ano novo, a mesma tendência dos últimos meses do ano velho: a procura de carga aérea continuou em quebra em Janeiro, ao passo que a oferta de capacidade continuou a aumentar com a retoma da operação dos aviões de passageiros.
Em termos globais, a procura recuou 14,.2% face a Janeiro de 2021, enquanto a oferta cresceu 3,9%. Resultado: a taxa de ocupação recuou 9,9 pontos percentuais para 44,8%.
A Europa voltou a registar os piores resultados, com uma quebra homóloga da procura de 20,4% e, até, um recuo de 9,3% na capacidade (fruto da guerra na Ucrânia). Do mal o menos, o load factor é o mais alto de todas as regiões, na casa dos 54%.
A América do Norte, que em 2022 liderou o crescimento da actividade, começou 2023 a perder 8,7% na procura e 2,3% na oferta.
A Ásia-Pacífico, o maior mercado de carga aérea do mundo, recuou 19%, enquanto a oferta de capacidade subiu 8,8%.
Mas nem tudo é mau. Comentando os resultados, Willie Walsh, director-geral e CEO da IATA, fala em optimismo moderado, considerando que os yields continuam acima dos níveis de 2019 e que a China está a abrir mais depressa do que o esperado depois de ter abandonado a política de Covid zero.