A Eurostar quer continuar a crescer a dois dígitos, e para isso propõe-se conquistar mercado… ao transporte aéreo. Até porque a concorrência na ferrovia tende a crescer.
A empresa, que opera serviços ferroviários de passageiros entre Bruxelas, Paris e Londres, aposta em alargar o seu network a mais uma dezena de destinos num horizonte de cinco anos, tirando partido da liberalização do transporte ferroviário internacional de passageiros.
Amesterdão, Frankfurt, Lyon, Colónia ou Genebra são alguns dos destinos da mira da Eurostar. “Cerca de 2016 ou 2017, gostaríamos que quando as pessoas pensassem em viajar para aquelas cidades pensassem em apanhar o Eurostar mais do que o avião”, resumiu um responsável da companhia, citado pelo “L’Expansion”.
“A nossa reserva de crescimento está em ganhar segmentos de mercado às companhias aéreas”, acrescentou o mesmo responsável.
A opção de alargar a oferta terá também certamente a ver com o a facto de a Eurostar ter perdido o monopólio das ligações no túnel da Mancha, e de dever enfrentar a concorrência da Deutsche Bahn no seu eixo de operação a partir do final de 2015.
Todavia, a empresa prefere desvalorizar esse facto acentuando antes que com a entrada de novos operadores será todo o mercado da Alta Velocidade que irá crescer.
Controlada em 55% pela SNCF, e detida em 40% pela London Continental Railways, a Eurostar realizou no ano passado um volume de negócios de 830 milhões de libras esterlinas (cerca de mil milhões de euros) e obteve um lucro de 21 milhões de libras esterlinas (26 milhões de euros).