Muito mais shuttles de camiões e menos comboios de mercadorias, assim se pode resumir, na vertente da carga, o ano de 2010 da Eurotunnel.
A concessionária do Túnel da Mancha teve um ano bastante positivo, tendo registado um volume de negócios global de 736,6 milhões de euros. Um crescimento de 26% relativamente a 2009, assumindo uma taxa de câmbio constante entre a libra esterlina e o euro.
Os shuttles de camiões cresceram 42%, em termos homólogos, tendo transportado mais de um milhão (1,08 milhões) de pesados de mercadorias.
Ao invés, o tráfego de mercadorias – assegurado por operadores como a DB Schenker, a SNCF ou a Europorte – registou uma quebra de 4% em volumes (1,13 milhões de toneladas) e de 13% no número de comboios realizados (13%).
Os números poderiam ter sido ainda melhores, não se dessem as greves do lado francês da Mancha, e não tivesse a actividade de Dezembro sido afectada pelas más condições climatérias.
Na hora do balanço, os responsáveis da Eurotunnel dizem-se satisfeitos com os resultados, mormente face à concorrência dos ferries da Mancha. Os clientes estão de volta (depois do incêndio de 2008), dizem. Mas a empresa sublinha o facto de os números de 2010 ficarem ainda abaixo dos recordes de 2007.