As três ex-Scut do Norte, portajadas desde 15 de Outubro de 2010, já renderam à Infraestruturas de Portugal 422,3 milhões de euros em portagens. Mas as receitas estão longe de cobrir as despesas.
A antiga concessão Costa da Prata lidera as receitas geradas, com 160,4 milhões de euros em portagens cobradas até Setembro passado, de acordo com os dados avançados à “Lusa” pela gestora da infra-estrutura.
No mesmo período, a concessão Norte Litoral, que envolve a A28, entre Viana do Castelo e Porto, rendeu cerca de 139,5 milhões de euros em portagens cobradas, enquanto a concessão Grande Porto somou 122, 4 milhões de euros.
Ao longo dos cinco anos de cobrança de portagens nas ex-Scut nortenhas (que se completam amanhã), as receitas anuais cresceram 12%, de 81,1 milhões de euros em 2011, para 90, 9 milhões de euros em 2014.
De acordo com a IP, as receitas obtidas durante estes cinco anos “têm permitido reduzir os encargos pagos pelos contribuintes” mas “estão ainda longe de fazer face aos encargos, cobrindo apenas cerca de metade dos custos no caso da Costa de Prata e do Norte Litoral, e somente um quarto no caso da concessão do Grande Porto”.
“Apesar dos pagamentos serem ainda elevados, fruto do recente processo de renegociação dos contratos de concessão, os custos que a Infraestruturas de Portugal suporta com estas autoestradas reduziram de forma significativa”, acrescentou a empresa.
Nos últimos cinco anos, o tráfego médio diário “estabilizou” nas três concessões do Norte, após “uma forte redução” registada com a introdução da cobrança portagem.
De acordo com cálculos baseados no mais recente relatório do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, relativo ao movimento na Rede Nacional de Autoestradas, a concessão Costa de Prata (Aveiro) registou em 2014 um tráfego médio diário de 18 900 viaturas. Na concessão Grande Portocontaram-se 20 300 viaturas/dia e na concessão Norte Litoral foram 20 200.