Hugo Duarte da Fonseca (Devlop) defende que o trabalho e a experiência da Agenda NEXUS deve ser aproveitado para novos projectos colaborativos. E para isso sugere que não se espere pelo fim dos trabalhos em curso.
A Devlop é uma das empresas envolvidas na Agenda NEXUS, um dos projectos enquadrados nas “Agendas para a Inovação Empresarial”, liderada pelo Porto de Sines e que envolve 35 organizações representativas da cadeia de valor, incluindo exportadores, operadores logísticos e de transporte, tecnológicas, universidades.
O objectivo é promover a transição digital e ecológica do sector dos transportes e da logística através do desenvolvimento de 28 novos produtos e serviços com elevado grau de inovação e diferenciação, em domínios como open data e IA – Inteligência Artificial aplicados às operações portuárias, dos transportes e da logística, 5G, Cibersegurança, bem como modelos e algoritmos preditivos para a gestão dos recursos energéticos.
O projecto conta com um incentivo público de 59 milhões de euros, no âmbito do PRR.
Os primeiros meses (desde o final de Setembro passado) foram gastos nas especificações, na prática, na definição das regras de trabalho em comum, refere Hugo Duarte da Fonseca, em jeito de ponto de situação. A partir daqui, será o tempo de começar a desenvolver a tecnologia, acrescenta.
O prazo para o termo do NEXUS é o final de 2025, mas poderá haver um prolongamento por seis meses. Antes disso, o líder da Devlop defende que não se perca a dinâmica criada, antes se aproveite para novos projectos.
“É um desafio. E tenho feito esse repto. Que não se perca esta dinâmica [de juntar as 35 entidades], não se perca este trabalho todo. Que este seja um próximo cluster, que possa ser utilizado para outros projectos”, diz.
Mas para isso, avisa, “não podemos deixar terminar o NEXUS para pensar no que virá a seguir. Para haver continuidade e não se perder massa crítica”, reforça Hugo Duarte da Fonseca. É preciso “potenciar já eventuais novos projectos”.