As exportações de componentes automóveis subiram, em Outubro, pelo quarto mês consecutivo, mas acumulam perdas de 14%.
As exportações de componentes automóveis caíram 14% até Outubro, para 6,9 mil milhões de euros, uma redução de 1,1 mil milhões de euros em termos homólogos, adiantou a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).
Em comunicado, a AFIA referiu que, no entanto, em Outubro registou-se um aumento de 3,6%, para 964 milhões de euros, face a igual mês do ano passado, o que representa uma subida pelo “quarto mês consecutivo”.
Este aumento das exportações de componentes vem “uma vez mais demonstrar a sua grande capacidade de resiliência e adaptação”, lê-se na mesma nota.
A associação indicou ainda que, no que diz respeito aos países de destino das exportações, no acumulado do ano, Espanha “mantém-se na liderança com vendas no valor de 2 053 milhões de euros (-3,1%)”.
Seguem-se a “Alemanha com 1 485 milhões de euros (-13,3%), França com 833 milhões de euros (-26,7%) e, finalmente, o Reino Unido com 473 milhões de euros (-33%)”, referiu a AFIA, revelando que estes países “representam 70% do total das exportações portuguesas de componentes automóveis”.
“É de referir que, e apesar das dificuldades que se vivem actualmente, as exportações portuguesas demonstram uma maior resistência face à queda da produção automóvel na Europa”, garantiu a AFIA, dando conta que “a queda da produção automóvel na Europa (30%) é duas vezes superior à diminuição das exportações portuguesas de componentes automóveis (14%)”.
A AFIA obteve estes dados através de cálculos que têm por base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas ontem pelo INE.