As exportações nacionais de componentes automóveis cresceram 11%, para 1,1 mil milhões de euros, no melhor Abril de sempre, anunciou a associação sectorial, AFIA.
Apesar do recorde de Abril, no acumulado dos primeiros quatro meses do ano as exportações de componentes automóveis ainda recuam 1,6%, em termos homólogos, para 4,3 mil milhões de euros, acrescentou a associação, em comunicado.
A Europa foi o destino de 89% das exportações nacionais de componentes automóveis no primeiro quadrimestre, que ainda assim recuaram 2,8%. A América concentrou 6% (a crescer 19,1%), África e Médio Oriente 3,4% (+3,8%) e Ásia e Oceania 1,9% (menos 7,1%).
Espanha continua a ser o principal comprador, com uma quota de 27,8%, seguida da Alemanha com 23,9% e de França com 8,4%. Comparando com o ano passado, destacam-se o crescimento de 78,2% nas exportações para a Suécia (o oitavo país de destino) e a quebra de 38,3% nas vendas para a Eslováquia (sétimo).
Citado no comunicado emitido a propósito, José Couto, presidente da AFIA, destacou que “é de notar que as exportações de componentes automóveis são responsáveis por 16,1% das exportações nacionais de bens transacionáveis, o que significa que por cada 100 euros exportados, 16,10€ provêm da indústria de componentes automóveis”.
Mas, acrescentou, “apesar dos resultados obtidos [em Abril] terem melhorado relativamente a Março é importante ter consciência que continuamos a enfrentar momentos muito difíceis resultantes da instabilidade económica, desafios relacionados com a diminuição de encomendas e dos conflitos internacionais. Não temos dúvidas que é necessário mantermo-nos competitivos e capazes de fazer a diferença para que os nossos clientes nos reconheçam como parceiros, o momento é complexo, obriga-nos a estar atentos e antecipar supressas desagradáveis”.