As exportações de componentes automóveis voltaram a cair em Maio e os dirigentes do sector estão “pouco optimistas em relação aos próximos tempos”.
Em Maio, as exportações de componentes automóveis decaíram 3,6% em termos homólogos, para 1 116 milhões de euros, anunciou a AFIA, a associação sectorial, em comunicado.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, as exportações de componentes automóveis somam 5 340 milhões de euros, 3,1% abaixo dos 5 509 milhões registados há um ano.
A Europa continua a ser o principal destino de exportação, com uma quota de 27,8%, mas em valor retrocedeu 4,6%. A América é o segundo mercado regional, com apenas 6,2% das compras, mas a crescer 22,4% em termos homólogos.
Espanha é o maior consumidor dos componentes automóveis made in Portugal, com uma quota de 27,8%, mas a recuar 5,7%. A Alemanha absorveu 23,3% das exportações lusas e cresceu 1,8%. A França, terceira no ranking, com um peso específico de 8,4%, comprou menos 26,5% nos primeiros cinco meses.
Comentando a performance do sector, o presidente da AFIA, disse que “apesar de ser expectável ainda um ligeiro crescimento das exportações, estamos pouco optimistas em relação aos próximos tempos, revendo em baixa as expectativas de crescimento para 2024″.
“Apesar de estarmos em linha com o que está a acontecer na Europa, há efetivamente, uma queda na produção quando comparamos com o ano de 2023”, acrescentou José Couto, citado em comunicado.
“No entanto, a AFIA acredita que a indústria de componentes automóveis portuguesa terá capacidade para superar os desafios que diariamente nos chegam e que nos conseguiremos destacar pela grande capacidade de diferenciação e resiliência e que essas qualidades nos manterão competitivos e interessantes para os nossos clientes”, rematou.
Apesar da quebra homóloga, a associação sectorial sublinha que por cada 100 euros (de bens transaccionáveis) exportados, 16 euros provêm dos componentes automóveis.