As exportações de componentes automóveis caíram em Junho pelo segundo mês consecutivo, atirando o resultado semestral para -3,8%.
Em Junho, as exportações de componentes automóveis ficaram-se pelos mil milhões de euros, numa quebra homóloga de 11%. No acumulado do primeiro semestre, as exportações totalizaram 6,4 mil milhões de euros, menos 3,8% que os 6,6 mil mil milhões de há um ano.
“Estes resultados deixam-nos pouco optimistas em relação aos tempos que se aproximam, reforçando a necessidade de rever em baixa as expectativas de crescimento que tínhamos inicialmente previsto para 2024”, comentou o presidente da AFIA, citado em comunicado.
Nos primeiros seis meses do ano, apenas por duas vezes – em Fevereiro e em Abril – as exportações superaram os resultados do ano passado.
A principal explicação para esta mudança de tendência é a quebra na produção automóvel na Europa, destino de 85,5% das exportações nacionais. Para Espanha, o principal mercado, as vendas caíram 5,8%; para França, o terceiro maior, afundaram 27,2%.
“Esta situação afecta toda a Europa, logo por arrasto afecta Portugal, porque estamos dependentes da produção da europeia. A produção automóvel agregada da Espanha, Alemanha, França, Reino Unido e Itália, principais parceiros da indústria portuguesa, diminuiu 7,5% no primeiro semestre em comparação com o período de janeiro a junho de 2023”, acrescentou José Couto.
Contra isso, de pouco valeu o crescimento de 18,8% das exportações para a América, porque só vale 6,1% do total.
Ainda assim, sublinha a associação do sector, as exportações de componentes automóveis foram responsáveis por 16% das exportações nacionais de bens transaccionáveis.