As exportações de componentes automóveis em Janeiro e Fevereiro aproximaram-se de 1 900 milhões de euros, num aumento de 9,5%, de acordo com a AFIA.
A AFIA recorda, porém, que estes dados, com base no Instituto Nacional de Estatística, ainda não reflectem o impacto da pandemia de Covid-19. De facto, foi só em meados de Março que o sector sentiu o abrandamento geral da actividade, com o encerramento temporário das fábricas de automóveis e consequente cancelamento de encomendas.
AFIA informa que, nos dois primeiros meses de 2020, em termos de países destino das exportações, Espanha ocupou a primeira posição, com vendas de 559 milhões de euros (+22% face a Janeiro-Fevereiro de 2019), seguida da Alemanha com 356 milhões de euros (+2,9%), e em terceiro lugar surgiu a França com um registo de 249 milhões de euros (-0,5%). Já as exportações para o Reino Unido totalizaram 158 milhões de euros (+4,4%).
“No total, estes quatro países concentram 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis”, explica a AFIA.
As exportações de componentes para automóveis mais do que duplicaram , desde o ano de 2010, passando dos 818 milhões de euros para os 1 854 milhões de euros em 2020, ou seja, um aumento de quase 127%.
Note-se ainda que os componentes automóveis, neste período de Janeiro a Fevereiro, representaram 18,4% das exportações de bens transaccionáveis. “Isto é, por cada 100 euros que Portugal exportou de bens, 18,40 euros referem-se a componentes automóveis”, remata a associação.