As exportações de frutas, legumes, plantas ornamentais e flores subiram 4,4% em valor. para 1 683 milhões de euros, em 2020, segundo dados do INE, citados pela Portugal Fresh.
Espanha continuou a liderar os destinos das exportações portuguesas desta fileira, representando 32,9% do total das vendas, ou seja, 553 milhões de euros.
Seguiram-se a França com 12,8% (216 milhões de euros), os Países Baixos com 10,4% (174 milhões de euros), o Reino Unido com 9,1% (153 milhões de euros) e a Alemanha com 7,1% (119 milhões de euros).
“Só a União Europeia pesa 78% das vendas da fileira ao exterior. Os países terceiros representam 22% das exportações (365 milhões de euros)”, apontou a PortugalFresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, constituída em 2010.
O segmento das frutas representou 47% do total das exportações da fileira, mais 1% do que no ano anterior, para 793 milhões de euros, seguido pelos preparados de fruta e legumes, que pesaram 28%, também com um aumento homólogo de 1%, para 467 milhões de euros.
Por sua vez, as plantas ornamentais e flores mantiveram uma representação de 6%, o equivalente a 107 milhões de euros.
Já os legumes pesaram 19% das exportações da fileira, ou seja, 217 milhões de euros, um recuo de 2% face a 2019.
Na última década, as exportações desta fileira mais do que duplicaram (115%) em valor.
Para o presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Santos Andrade, estes resultados são “muito positivos” para o sector, sobretudo, face à pandemia de Covid-19.
“O investimento que tem sido feito na fileira e a aposta dos produtores em modernizar todo o sistema de produção têm possibilitado crescer e melhorar sistematicamente, ao longo dos últimos dez anos, o que faz com que a produção de origem portuguesa seja hoje um fornecedor de excelência, tanto para o mercado europeu como para a América e Ásia”, notou.
Gonçalo Santos Andrade sublinhou ainda que a agricultura precisa de acelerar a sua transição digital e continuar a diversificar mercados.
Por outro lado, defendeu, é igualmente necessário continuar a garantir o investimento em tecnologia e inovação, que deve ser acompanhado por “investimento público estratégico em infraestruturas, designadamente os respeitantes à gestão eficiente da água”.
O presidente da Portugal Fresh perspetiva que 2021 seja um ano “com muitos desafios”, como a redução do rendimento das famílias, o que poderá retrair o consumo e, consequentemente, impactar as vendas.