As exportações portuguesas de têxteis e vestuário acentuaram a quebra em outubro, recuando 7% em termos homólogos, segundo a ATP.
Segundo dados do INE tratados num comunicado da ATP, os 454,3 milhões de euros exportados em Outubro ficam 34 milhões de euros abaixo das vendas do mesmo mês de 2019 e representam um agravamento face à quebra homóloga de 5% verificada em Setembro.
No mês de Outubro, as maiores quebras registaram-se no vestuário exterior (fatos, casacos, calças, bermudas) em tecido, de uso masculino (menos 9 milhões de euros exportados, equivalente a -36%); no vestuário exterior (fatos, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças, bermudas) em tecido, de uso feminino (menos 6 milhões de euros; -22%); nas meias e meias calças (menos 3,2 milhões de euros; -23%); e nas camisas em tecido, de uso masculino (menos 2,5 milhões de euros; -31%).
Já a categoria de produtos onde se encontram, entre outros, as máscaras têxteis, designada de artefactos têxteis confeccionados, foi a que registou maior crescimento absoluto (mais 9,3 milhões de euros, correspondendo a +264%), seguindo-se as roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha (com mais 4,4 milhões de euros exportados; +9%) e os tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados com plástico (com mais 2,8 milhões de euros exportados; +18%).
Analisando a evolução dos vários países de destino das exportações portuguesas do sector, a ATP destaca, em Outubro, os Estados Unidos como o destino que registou maior crescimento em termos absolutos (mais 2,8 milhões de euros; +13%), seguindo-se o Reino Unido (mais 2,1 milhões de euros; +6%) e a Alemanha (mais 1,9 milhões de euros; +5,2%).
Espanha, pelo contrário, continua a liderar a tabela dos países que registam maior quebra, com um recuo de 27 milhões de euros (-17%) em Outubro, seguida da Itália (menos 4,6 milhões de euros; -13%).
Em termos cumulativos, de Janeiro a Outubro, os têxteis e vestuário somam um valor exportado de 3 882 milhões de euros, menos 12% do que no mesmo período de 2019.
As importações acumulam até Outubro um valor de 3 125 milhões de euros (-16%), originando um saldo da balança comercial do sector de 757 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 124%.