Com centenas de milhar de marítimos retidos nos navios ou em casa, o sector do shipping enfrenta uma grave crise de falta de recursos humanos.
Com mais de 200 mil marinheiros impedidos de saírem das suas embarcações e um número semelhante tentando chegar às embarcações, os organismos internacionais de transporte marítimo avisam que a economia mundial está a semanas de outro desastre.
Com a substituição de tripulações reduzida em 75%, há também o risco de uma crise humanitária, com os marítimos a sofrerem problemas de saúde mental, fadiga e acidentes devido a estarem presos meses seguidos nos navios.
Na semana passada, apenas 13 países (Portugal não esteve incluído no grupo) assinaram um acordo para designar os marítimos como trabalhadores-chave, permitindo-lhes que voem para casa sem entraves de quarentena ou vistos. No entanto, outras grandes nações marítimas, como China e Índia, recusaram-se a assinar o acordo, aumentando, de acordo com as entidades, o perigoso impasse que pode afectar a recuperação económica global da pandemia de Covid-19.
Como os navios transportam 80% do comércio global, a urgência de resolver o problema foi destacada pela IMO. “São necessários três requisitos-chave para parar a espiral de crise. Os marítimos precisam de ser designados como trabalhadores-chave globalmente, os requisitos de vistos têm de ser retirados e os governos precisam que as linhas aéreas comerciais funcionem para transportá-los”.
Guy Platten, secretário-geral da Câmara Internacional de Shipping (ICS), alerta que a economia global está em perigo se nenhuma acção for tomada. “Estamos a semanas de distância desta situação se tornar muito séria. Não podemos continuar assim indefinidamente, pois a cada dia que passa o risco aumenta”, refere, citado pelo “The National”, jornal dos Emirados Árabes Unidos (que assinou o acordo a 13).
O secretário-geral da ICS avisa que, além disso, o cansaço da tripulação também torna os navios inseguros. “Isso colocará realmente em risco as cadeias de abastecimento, e isso é sério”, avisa.
Platten solicita, por isso, aos governos mundiais que mostrem vontade política de dar prioridade aos marítimos como trabalhadores essenciais e permitam que viajem livremente, seguindo exemplo de Grã-Bretanha, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, entre outros.
Por norma, 100 mil trabalhadores são repatriados todos os meses, mas desde o surgimento da pandemia, em Março, apenas ocorreu 25% do número habitual de trocas de tripulação. Com o possível surgimento de uma nova vaga pandémica do novo coronavírus nos próximos meses, a IMO avisa que é urgente uma acção rápida. “A incerteza em torno de uma possível segunda vaga da Covid-19 sublinha a necessidade de acções rápidas para permitir mudanças de tripulação e evitar consequências adicionais para a frágil cadeia de abastecimento global”, avisa o órgão da ONU.
Este é o desgoverno da Geringonça que não consegue sequer definir caderno encargos para comprar barcos novos para atravessar rio Tejo nas uas variadas ligações, nem faz adjudicação obra construção do terminal de carga aérea na Portela nem do terminal de passageiros no Montijo, imaginem a Geringonça do PS a fazer a ligação marítima do Montijo para a outra margem de Lisboa, “vai afundar”, lol
Este ministro Pedro Nuno Santos ainda não distingue 1 avião de 1 locomotiva de outro catamarã, alguém lhe explica, por favor, lol