Faltam 233 mil motoristas de pesados de mercadorias na Europa, calcula a IRU. Dentro de cinco anos poderão ser 745 mil, mais do triplo, antecipa.
Os dados resultam de um inquérito realizado pela IRU junto de 4 700 empresas, de 36 países, na Europa, América e Ásia. À escala global, faltarão três milhões de motoristas, o equivalente a 7% da força de trabalho do sector.
A escassez de motoristas tem-se vindo a agravar nos últimos e só não é pior, mormente na Europa e nos EUA, porque o arrefecimento da economia atenuou a necessidade de contratar novos profissionais.
As perspectivas para o futuro próximo são, porém, preocupantes, prevendo-se que dento de cinco anos, em 2028, possam faltar sete milhões de motoristas em todo o mundo.
No caso da Europa, poder-se-á passar de uma escassez de 233 mil motoristas (7% do total no Velho Continente) na actualidade, para 745 mil (17%) em 2028.
A falta de motoristas, alerta a IRU, tenderá a prejudicar cada vez mais as cadeias de abastecimento e, logo, as economias.
Facto é que, sempre de acordo com os resultados do inquérito, as entradas de novos profissionais do volante não chegam, sequer, para compensar as saídas (por motivos de reforma ou outros), além do que o acesso à actividade é difícil.
Por isso, a IRU insiste na necessidade de as autoridades agirem, nomeadamente, baixando a idade mínimo para o exercício da função e reduzindo os custos de formação inicial. Igualmente será necessário actual ao nível da smelhorias de condições de trabalho.
Actualmente, na Europa, os motoristas de camião com menos de 25 anos são apenas 5% do total.