![Contos impopulares [i]](https://www.transportesenegocios.pt/wp-content/uploads/2022/02/Fernando-Grilo-1-1.jpg)
A escassez de motoristas na Europa nunca foi tão grave, com cerca de 400 mil profissionais em falta, estima a Transport Intelligence.
O problema da falta de motoristas de transporte rodoviário de mercadorias já se nota há uns 15 anos, mas agravou-se sobremaneira com o Brexit e, mais recentemente ainda, com a pandemia de Covid-19.
Para o ano passado, a Transport Intelligence calcula, com base em inquéritos a empresas, um défice de 60 mil motoristas no Reino Unido, 45 mil motoristas na Alemanha, 43 mil em França, 15 mil em Itália e Espanha.
Para este ano, as empresas europeias antecipam um défice de 17% dos motoristas, e a tendência é para piorar, até pela recuperação da economia no pós-Covid.
O caso do Reino Unido apresenta-se particularmente grave, em consequência do Brexit, que levou à perda de 14 mil motoristas (de 42 mil para 28 mil) da UE que operavam naquele país. Para aliciar motoristas, ele há empresas que estão a oferecer prémios de assinatura de contrato e de permanência. E também há notícias da tentativa de recurso a reclusos (no âmbito dos programas governamentais de resinserção social).
O facto de a profissão continuar a ser pouco atractiva para os jovens (apenas 7% dos motoristas europeus terão menos de 25 anos) e para as mulheres (apenas 2-3% do total dos efectivos) é uma das explicações mais referida para a falta de profissionais. A ausência de formação adequada é destacada pela IRU.
Brasileiros tem experiência, documentos da categoria e vontade de trabalhar, mas os países não dão incentivos para receber esses profissionais.
Nem precisam de dar incentivos a estrangeiros, precisam sim de pagar salários dignos aos nacionais.
Se querem travar esta tendência comecem por subir os vencimentos base, este é o principal motivo do desinteresse que se instalou neste sector, além de que deviam de fornecer mais e melhor formação, dentro da formação deviam de proporcionar a obtenção da carta de pesados e respectivo CAM/CQM e outras regalias inerentes á profissão, talvez assim deste modo os jovens vissem nesta profissão um futuro mais aliciante . . .
Poderiam flexibilizar a entrada de motoristas profissionais brasileiros que estão disponíveis em Portugal para suprir essa necessidade, eu mesmo busco oportunidades para trabalhar como camionista e não consigo.
Todo dia envio currículos para transpotadora e não consigo.