A FedEx não vai renovar o contrato de entregas que tem com a Amazon e que termina no fim do corrente mês de Agosto.
A decisão é conhecida dois meses apenas depois de a FedEx ter recusado renovar o acordo de transporte aéreo com o gigante do e-commerce.
A opção da FedEx é vista como uma resposta à estratégia de Amazon de construir a sua própria rede de entregas.
De facto, o relacionamento da companhia de comércio online com as operadoras FedEx, UPS e US Postal Service é cada vez mais tensa.
Se antes estes operadores tinham na companhia de Jeff Bezos um importante cliente, com esse negócio a levá-los a fazer avultados investimentos na capacidade instalada de logística terceirizada (3PL) e de serviços de entrega de última milha, o cenário é, agora, distinto.
Em Maio, a Amazon deu início a uma expansão de 1,5 mil milhões de dólares (1,34 mil milhões de euros) no seu hub de carga aérea no aeroporto de Cincinnati. O projecto estará concluído em 2021.
Além disso, a companhia encomendou, em 2018, cerca de 20 mil furgões Sprinter à Mercedes, dando impulso à sua estratégia de recrutar pequenos empresários para lançar frotas de entrega de encomendas nos EUA. A estratégia está a ser replicada, aliás, em Espanha, com a criação, oficializada a 31 de Maio, da Amazon Road Transport Spain.