As reparações avançam em Janeiro, mas o prazo para a inauguração do “novo” canal do Panamá pode estar em risco por causa das fendas detectadas numa das eclusas, admitiu à “Reuters” uma fonte da Autoridade do Canal do Panamá.
A reparação das fendas no terceiro conjunto de eclusas do Canal do Panamá terá lugar em Janeiro, anunciou o Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), o consórcio responsável pela expansão daquela infra-estrutura de navegação, numa conferência de imprensa conjunta com a Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
GUPC e ACP não referiram, no entanto, se a obra irá adiar novamente a inauguração do renovado canal do Panamá, no presente marcada para Abril de 2016. O consórcio construtor, liderado pela espanhola Sacyr e integrado pela italiana Impregilo, a belga Jan de Nul e a panamiana CUSA, indicou apenas que está a tentar “minimizar o impacto na entrega final”. Uma fonte da ACP citada pela “Reuters” admitiu, porém, que o cumprimento daquele prazo pode já não ser possível.
As infiltrações nas chamadas eclusas Cocoli, no lado do Pacífico, foram detectadas em Agosto. As fendas tiveram como justificação a falta de reforço do aço dos maciços de betão entre as câmaras inferior e média das eclusas.
O projecto de expansão do canal do Panamá, que está completo a 95%, tinha um orçamento inicial de 5,25 mil milhões de dólares (4,9 mil milhões de euros), mas os custos já derraparam. O canal do Panamá expandido terá capacidade para receber navios de 13 200 TEU (expansíveis a 14 000 TEU), contra os actuais 4 500 TEU (os tradicionais “panamax”).