Ao longo deste ano, a Fernave pretende recrutar até cerca de uma centena de quadros portugueses para os projectos que tem em curso nos PALOP, em especial em Angola e Moçambique.
De acordo com a empresa, “as vertentes de intervenção situam-se ao nível da direcção geral e das áreas de exploração, material circulante e oficinas, infra-estruturas, procurement, recursos humanos e administração e finanças”.
Angola e Moçambique estão empenhados em restabelecer os seus sectores de transporte ferroviário, de passageiros e de mercadorias, mediante a reabilitação das infra-estruturas e a revitalização das empresas operadoras.
A Fernave tem vindo a capitalizar com esse esforço de investimento, vendendo serviços de consultoria e formação, quer aos operadores ferroviários angolanos (Caminhos de Ferro de Luanda, Caminhos de Ferro de Moçâmedes, Caminhos de Ferro de Benguela), quer ao Ministério de Transportes e Comunicações de Moçambique, entre outras entidades.
O recrutamento de quadros portugueses para trabalharem nos PALOP permitirá também preservar e rendibilizar o know-how existente no país, muito dele desenvolvido no seio dos grupos CP e Refer, que passam por um movimento de emagrecimento forçado, consequência da crise e da suspensão ou mesmo abandono de muitos investimentos projectados para o sector.