Mais maquinistas portugueses poderão em breve rumar a Moçambique para trabalharem nas companhias locais de transporte ferroviário de mercadorias.
Depois de um primeiro processo de selecção, iniciado em Maio passado, a Fernave tem agora em curso uma segunda vaga de recrutamento de quadros portugueses para operarem em Moçambique,
O prazo das candidaturas termina no final do mês e o processo de selecção será certamente rápido uma vez que, ao que apurou o TRANSPORTES & NEGÓCIOS, um dos objectivos será “colmatar necessidades urgentes para um dos projectos” que a Fernave tem em Moçambique.
Os candidatos terão de estar habilitados a conduzir locomotivas diesel. O domínio do inglês, a disponibilidade imediata e a nacionalidade portuguesa ou moçambicana serão condições preferenciais.
Os contratos terão a duração mínima de um ano.
A escassez de técnicos do sector ferroviário em Moçambique tem sido agravada pelo desenvolvimento dos projectos de mineração em desenvolvimento no país, com várias companhias privadas (entre as quais avultam a Vale e a Rio Tinto) a montarem as suas próprias operações ferroviárias para garantirem o escoamento dos minérios até aos portos, para exportação.
A Fernave propõe-se aproveitar também este filão, em Moçambique e em Angola, em proveito próprio, claro, e também em proveito dos recursos humanos que estão desaproveitados em Portugal.