O Brexit foi adiado, mas os serviços de ferries adicionais contratados por Londres à Brittany Ferries e à DFDS arrancaram como previsto.
É mais um episódio do imbróglio em que se transformaram o Brexit e as medidas para minorar o seu impacto no Reino Unido. Londres negociou com Bruxelas um adiamento da saída da União Europeia, para evitar um Brexit sem acordo, mas a 29 de Março arrancaram os serviços de ferries adicionais contratados para a eventualidade do “hard” Brexit.
O Departamento de Transportes do Reino Unido (DfT) terá tentado adiar a operação, mas o facto é que os serviços já arrancaram. “A Brittany Ferries está a realizar 20 travessias por semana”, referiu fonte da companhia. Estes serviços nas rotas Portsmouth-Le Havre, Poole-Cherbourg e Plymouth-Roscoff, levaram a mais custos e à contratação de mais 50 colaboradores para os dois lados do Canal.
“A realidade é que nos comprometemos assim que assinámos o contrato e os preparativos começaram. Não há como voltar atrás porque todo o trabalho preparatório foi realizado a contar com o arranque a 29 de Março”, indicou fonte da comopanhia citada pelo “The Loastar”.
Pelas ligações suplementares o DfT terá pago 46,6 milhões de libras (54 milhões de euros) à Brittany Ferries e 41,4 milhões (48 milhões de euros) à DFDS.