Dois comboios diários carregarão o agregado de ferro extraído em Torre de Moncorvo até Leixões, para exportação. Ainda este ano serão 300 mil toneladas.
A Aethel Mining, detentora da concessão mineira de Torre de Moncorvo, pretende produzir 300 mil toneladas de agregado de ferro ainda este ano e diz já ter compradores nos mercados europeu e árabe.
“O ferro é hoje mais integral para a economia global que qualquer outra matéria-prima. O objectivo até ao final de 2020 passa por uma produção de 300 mil toneladas de agregado de ferro com a maquinaria já contratualizada“, avançou à “Lusa” o presidente da empresa, Ricardo Santos Silva.
“Já temos encomendas para países como Espanha, França, Bélgica e Holanda e contactos a bom ritmo para os Emirados Árabes Unidos “, acrescentou.
O transporte da matéria-prima será efectuado de camião até à estação do Pocinho, na Linha do Douro, e daí seguirá de comboio até ao porto de Leixões. “O transporte de agregado de ferro será feito por comboio, duas vezes ao dia, com destino ao porto de Leixões e depois seguirá por via marítima para os países destinatários, pelo menos, por um período inicial de cinco anos”, frisou Ricardo Santos Silva.
Os portos de Aveiro e Sines são opções também consideradas nos planos da empresa.
O agregado de ferro de Torres de Moncorvo, comercializado sob a designação de “muadense”, tem o dobro do peso de outros materiais convencionais e serve para a construção de molhes, quebra mares e outras estruturas de grande envergadura, explicou o empresário.
A Aethel Partners é uma “empresa britânica detida exclusivamente” pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert.
As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região do Nordeste Transmontano, na década de 1950, chegando a recrutar 1 500 mineiros. A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.
Fantásticas notícias para Bragança e para Trás os Montes, assim como para Leixões.
É curioso há 5 anos, 2015, Leixões estava no vermelho agora “dispara”, só falta fazer dragagem e prolongar o quebra mar 300 m
Para os espanhóis que vão comprar, ( não sei o destino), até que ponto não seria mais barato, ir pela Barca D’ Alva. As vias férreas nunca devem ser fechadas. Se não servem para passageiros, podem servir para mercadorias.