O tráfego ferroviário de mercadorias entre a China e a Europa poderá triplicar até 2030, segundo um estudo da Roland Berger para a UIC.
No ano passado, o transporte ferroviário de mercadorias entre a China e a Europa atingiu as 878 mil toneladas, beneficiando dos fortes constrangimentos que afectaram o transporte marítimo.
No estudo realizado para a UIC, a consultora estima que os volumes transportados através da nova Rota da Seda poderão mesmo duplicar até 2025, salientando em particular o sucesso do corredor Norte, entre Pequim e Roterdão, através da Mongólia e da Rússia, com passagem por Moscovo e Duisburgo, que ainda há dez anos era insignificante e hoje já representa cerca de 700 comboios/mês.
Do mesmo modo, os corredores Central (XIan, Teerão, Istambul e Roterdão) e Sul (através d Mar Cáspio para o Azerbeijão, Ucrânia e Polónia), ainda numa fase inicial, poderão conhecer desenvolvimentos semelhantes, acrescenta a Roland Berger, assim haja estabilidade política nas regiões atravessadas e sejam desenvolvidas as necessárias infra-estruturas ferroviárias.
O transporte ferroviário de mercadorias entre a China e Europa consegue ser substancialmente mais rápido que o modo marítimo e bem mais barato que o modo aéreo. A recente crise do Suez deu-lhe um novo alento.