O Salicórnia, o primeiro ferry 100% eléctrico “made in Portugal”, transportou mais de 200 mil passageiros no primeiro ano de operação em São Jacinto, Aveiro, anunciou a autarquia.
Em comunicado, a Câmara de Aveiro referou que o novo ferry, inaugurado em 2 de Fevereiro de 2024 e representando um investimento de nove milhões de euros, co-financiados em 2,25 milhões de euros por fundos comunitários, é “uma aposta ganha”.
“Com a entrada em funcionamento do ferryboat eléctrico Salicórnia foi substituído o velho ferryboat Cale de Aveiro com mais de 60 anos, com elevados consumos de combustível, muito poluente e com custos de manutenção e de operação elevados, passando o transporte a ser realizado com maior segurança e comodidade para os passageiros”, refere a mesma nota.
Segundo a Câmara, a nova embarcação veio “melhorar, reforçar e dignificar o transporte público de ligação entre o Forte da Barra e São Jacinto, um facto que é evidenciado pelo crescente número de utilizadores no período de 2012 a 2024, e com o alcançar de valores recorde”.
“Em 2024, foram transportados 202 869 passageiros, o mais elevado número anual desde 2012 (batendo o recorde de 2016 com 199 117 passageiros)”, refere a autarquia, adiantando que o mês de Agosto foi o que registou o maior número de passageiros (36 216).
Em Janeiro de 2025, o Salicórnia transportou 12 200 passageiros, mais 2 211 (+22%) que em Janeiro de 2024, o último mês de operação do velho ferry Cale de Aveiro.
Na nota de hoje, a Câmara de Aveiro refere que o primeiro ano de operação do novo ferry eléctrico ficou também marcado por alguns dias de paragem ou supressão de carreiras, com especial incidência nos dois primeiros meses de operação, Fevereiro e Março de 2024, devido ao período de aprendizagem de funcionamento do novo navio.
O sistema de carregamento também tem sido “alvo de gestão de problemas, pela sua adaptação às condições do local, por ajustamentos da sua relação com o ferry, por problemas técnicos nos postos de transformação de fornecimento de energia e por danos provocados por intempérie”, acrescenta