O porto da Figueira da Foz deverá receber nos próximos anos investimentos de 25 milhões de euros, anunciou a presidente da administração portuária.
Fátima Lopes Alves falava no workshop “A intermodalidade no porto da Figueira da Foz”, promovido conjuntamente pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS e pela Intermodal Portugal. De acordo com a responsável, as fichas dos investimentos no porto da foz do Mondego, no âmbito do PT2030, já terão sido aprovadas.
À cabeça dos investimentos está a melhoria das acessibilidades marítimas, um velho anseio de toda a comunidade portuária e que, caso único, será co-financiada pelos operadores da Figueira da Foz. Mas as melhorias não se ficarão por aí. A modernização do sistema VTS, o abastecimento de energia eléctrica aos navios a partir de terra e a descarbonização das operações são outras prioridades de investimento contempladas.
Se tudo correr normalmente, os investimentos estarão concluídos até 2025, adiantou a presidente do porto da Figueira da Foz, lembrando que esse é o prazo previsto na calendarização fixada.
No entretanto, os operadores portuários continuam a investir. A Operfoz, representada no workshop por Susana Pinho, concluiu recentemente um novo armazém no porto e está envolvida no desenvolvimento de uma plataforma rodo-ferroviária que será a mais próxima da infra-estrutura portuária. E a Yilport, disse-o Diogo Marecos, está também a melhorar a capacidade de movimentação de cargas.
Disposta a fazer mais, até porque o mercado lho pede, estará também a Wec Lines, que mantém o único serviço regular de contentores na Figueira da Foz. O problema, lembrou José Valente, é a impossibilidade prática de operar ali com navios de maiores dimensões.
Luís Vasconcelos, falando em nome dos carregadores, reconheceu as melhorias verificadas e sublinhou a importância do porto figueirense para o abastecimento e o escoamento da produção das empresas da região. A propósito de intermodalidade, sugeriu o aproveitamento da auto-estrada marítima que liga os portos do continente para retirar camiões da estrada, com ganhos económicos e ambientais.
Apesar das limitações existentes, o porto da Figueira da Foz deu provas de grande resiliência, ao serviço da economia local e regional durante todo o período pandémico, e nos primeiros cinco meses do ano corrente acumulou um crescimento homólogo de 19%.
Apesar de receber apenas de navios de menores dimensões, a produtividade é elevada, com as operações de carga e descarga a representarem menos de um terço do tempo total da escala, destacou Susana Pinho. Precisamente para reduzir os tempos de espera, o serviço de pilotagem nocturna já está disponível on demand, sublinhou Fátima Lopes Alves.
O desgoverno PS está em falta com o porto da Figueira da foz há muitos anos como está com os portos de Setúbal e Viana do Castelo, etc