A melhoria das acessibilidades marítimas do porto da Figueira da Foz ficou mais perto com a emissão do Título Único Ambiental pela APA.
O documento foi emitido “após o período de audiência de interessados e de diligências complementares”, anunciou a administração portuária da Figueira da Foz. Segue-se segue-se a “revisão do projecto (..) que integrará as medidas de minimização dos impactes e os Programas de Monitorização indicados pela Comissão de Avaliação”, acrescenta a APFF, em comunicado.
A melhoria das acessibilidades marítimas ao porto da Figueira da Foz constava já do PETI, elaborado pelo Governo em 2014, e em 2015 avançou o primeiro estudo para definir a sua concretização.
Actualmente, o porto da Figueira da Foz só pode ser demandado por navios com um comprimento máximo de 120 metros e 6,5 metros de calado carregado (6 metros no Inverno). O porto dispõe de fundos de -8 metros na barra, de -7,5 metros no anteporto e de -7 metros no canal interior e na bacia de manobras.
O projecto de melhoria prevê fundos de -10,5 metros na barra, de -9,5 metros no anteporto e -8 metros no canal interior e bacia de manobras, que permitirão a operação de navios de até 140 metros de comprimento, 20 metros de boca e 8 metros de calado.
Em complemento, prevê-se a adaptação dos cais do Terminal de Carga Geral e do Terminal de Granéis Sólidos, com novas estruturas de avanço em tabuleiro sobre estacas, a serem desenvolvidas faseadamente para limitar os inconvenientes à operação.
Prevê-se ainda a criação de uma zona para parqueamento de rebocadores que prestam serviço na Figueira da Foz.
“Este projecto é absolutamente necessário para o salto qualitativo do Porto da Figueira da Foz”, sublinha a administração portuária no comunicado emitido.