A melhoria das acessibilidades marítimas e dos cais do porto da Figueira da Foz vai, finalmente, avançar. A obra foi consignada e os privados pagam cerca de 20%.
Cerca de 21 milhões de euros é quanto deverão custar as obras de melhoria das acessibilidades marítimas e das infra-estruturas do porto da Figueira da Foz. A empreitada – já prevista no PETI de 2014 – foi consignada esta sexta-feira, com a presença do ministro Miguel Pinto Luz. O prazo para a execução dos trabalhos é de 460 dias (Maio de 2026).
A intervenção visa, entre outros trabalhos, aprofundar o canal de navegação em 2,5 metros na entrada da barra (dos -8 para os -10,5 metros) e em 1,5 metros no interior do rio Mondego, entre margens, para além de alargar o cais de acostagem do porto comercial e demolir os dois molhes da antiga doca dos bacalhoeiros e depositar mais de 700 mil metros cúbicos de sedimentos dragados nas praias a Sul.
Com isso, o porto da Figueira da Foz ficará capaz de receber navios de até 140 metros de comprimento (em vez dos actuais 120 metros) e de calado superior, facilitando (e embaratecendo) a movimentação das mercadorias.
A melhoria era há muito reclamada pelos principais clientes do porto da foz do Mondego e pelos operadores portuários. Tanto assim, que, num movimento inédito, os privados aceitaram pagar dos custos da melhoria. Foi em Setembro de 2019 que o acordo foi assinado. E nem assim a obra avançou…
Mas o acordo mantém-se e os quatro parceiros privados suportarão cerca de 4,4 milhões de euros , ou cerca de 20% do custo total da empreitada. A administração portuária entrará com 8,4 milhões e os restantes 9,1 milhões virão de fundos comunitários.