Afinal, as “conferências” marítimas, que a União Europeia baniu em 2008, não seriam tão nefastas quanto o que se julgava, concluiu a Comissão Marítima Federal (FMC) dos EUA.
A conclusão impõe-se aos norte-americanos porque, sustentam num relatório, enquanto alguns pensavam que o fim das “conferências”, em Outubro de 2008, resultaria numa baixa generalizada dos fretes suportados pelos carregadores, a FMC apenas detectou diferenças “mínimas” nos preços preços praticados em rotas comparáveis.
De acordo com a FMC, enquanto a receia média por TEU caiu 141 dólares, FE-Europa, entre 2008 e 2010, no FE-EUA cedeu 150 dólares.
Por outro lado, adianta a Comissão norte-americana, não é possível concluiu que o fim das “conferências” na União Europeia melhorou ou piorou a qualidade dos serviços prestados.
Outrossim, ter-se-á verificado uma maior instabilidade na evolução dos fretes, um ligeiro aumento da concentração no mercado e um declínio na estabilidade das quotas de mercado, acrescenta o estudo.
A Comissão Europeia decidiu o fim das “conferências” marítimas em 2006, com efeitos a partir de Outubro de 2008. Na altura, dizia-se que o sistema vigente limitava o poder negocial dos carregadores, e o que se fim se traduziria numa vantagem competitiva face aos concorrentes de latitudes.
A FMC estudou agora os impactes da decisão de Bruxelas, porque nos EUA também se discute o fim das “conferências”.
Apesar das conclusões a que chegou, a Comissão Marítima Federal ressalvou o facto de a avaliação feita ter sido dificultada pelos efeitos da recessão de 2009, “que resultou na maior quebra, em volume, da história das linhas de navegação”.