Os custos da migração para a bitola europeia na Finlândia serão muito superiores aos eventuais benefícios, concluiu um estudo encomendado por Helsínquia.
“De acordo com as estimativas, mudar toda a rede ferroviária finlandesa parte da RTE-T para a bitola europeia terá impactos negativos nos níveis de serviço”, sustentou o ministro finlandês dos Transportes.
A bitola finlandesa é de 1 524 mm, enquanto a bitola UIC é de 1 435 mm. O estudo de viabilidade da migração decorre da pretensão da Comissão Europeia de ter todos os corredores integrantes da RTE-T com a mesma bitola até 2030. Uma pretensão anunciada em meados do ano passado, e logo rejeitada pelos nórdicos.
Mas a Finlândia admite estudar alternativas. Desde logo, a construção de uma única linha em bitola europeia, ligando Helsínquia e Tornio, na fronteira com a Suécia, ao lado da linha existente, cruzando praticamente todo o país e servindo importantes centros de tráfego de passageiros e mercadorias.
A Comissão Europeia pretende que todas as novas linhas ferroviárias parte da RTE-T sejam construídas em bitola europeia, e que as actuais sejam mudadas para a bitola UIC, pelo menos nos troços fronteiriços.
No caso das linhas novas, Bruxelas sustenta que a diferença de custos entre as bitolas não é de considerar. Já nos casos em que seja necessária a migração, concede que seja realizado antes um estudo de custo-benefício e que os prazos sejam flexibilizados.
No caso de Portugal, as linhas modernizadas estão a ser dotadas com travessas polivalentes para uma possível futura migração, dependente das opções de Espanha nas ligações fronteiriças.
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