A Gemini Cooperation, que junta a Maersk e a Hapag-Lloyd, deveria arrancar hoje nos EUA, mas a Federal Maritime Comission (FMC) pediu esclarecimentos e travou o processo.
Num comunicado emitido a propósito, a FMC sustenta precisar “de mais informações para determinar os potenciais impactos competitivos do acordo” entre a Maersk e a Hapag_lloyd.
A FMC recorda que a “Maersk A/S e a Hapag-Lloyd AG e a Hapag-Lloyd USA, LLC protocolaram o Gemini Cooperation Agreement ( nº 201429 ) na Comissão em 31 de Maio de 2024″ e que o acordo entraria em vigor 45 dias depois – hoje, segunda-feira – “a menos que a Comissão emitisse uma Solicitação de Informações Adicionais (RFAI, na sigla em ingês)”.
O pedido de informações adicionais visa “identificar e obter clareza sobre questões que não foram abordadas pelas partes que protocolaram o pedido ou [sobre] informações insuficientes [que] foram fornecidas no acordo originalmente protocolado”, acrescenta o comunicado.
“A Comissão determinou que o Gemini Cooperation Agreement, conforme submetido, carece de detalhes suficientes para permitir uma análise completa de seus potenciais impactos competitivos”, reforça.
Na nota, a FMC não dá conta dos esclarecimentos solicitados à Maersk e a à Hapag-Lloyd por se tratar de questões ” comercialmente sensíveis”.
O comunicado não refere qualquer prazo para as duas companhias prestarem os esclarecimentos solicitados. Mas avisa que só depois de as respostas serem consideradas completas é que começará a contar o prazo de 45 dias para a FMC “rever o acordo quanto a preocupações competitivas e legais antes que ele se torne efectivo”.
Foi em Janeiro que a Maersk e a Hapag-LLoyd surpreenderam o mercado com o anúncio do lançamento da Gemini Cooperation em Fevereiro de 2025.
Tal como foi anunciada, a nova aliança concentrará uma capacidade de transporte de 3,4 milhões de TEU, com a Maesrsk a garantir 60% e a Hapag-Lloyd os restantes 40%. A oferta será de 29 serviços, complementados com feeders de ligação aos hubs.