O Fórum para a Competitividade considera as propostas de António Costa Silva para o Plano de Recuperação Económica e Social uma oportunidade perdida.
O Fórum para a Competitividade voltou a criticar a visão estratégica apresentada por António Costa Silva, defendendo que “parece perdida a hipótese” de o documento “contribuir para inverter 25 anos de estagnação portuguesa”.
“Parece perdida a hipótese de um plano elaborado por um técnico independente contribuir para inverter 25 anos de quase estagnação portuguesa”, pode ler-se na nota de conjuntura de Julho, elaborada pelo gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade.
Para o Fórum, “transparece das propostas a vontade de não confrontar, nem na ideologia, nem na prática, os projectos políticos da geringonça”, uma orientação que, para a plataforma presidida por Pedro Ferraz da Costa, “é a base e a explicação” da “reduzida atractividade [de Portugal] para localização de actividades económicas modernas”.
“Não dedicar qualquer atenção, digna desse nome, nem à descapitalização do país e das empresas nem à atracção do investimento estrangeiro só se pode dever a uma esperança de que o apoio financeiro europeu possibilite decisões menos baseadas em cálculos de mercado e mais numa visão do Estado”, defende a plataforma.
Na nota, o gabinete de estudos diz ainda que no plano de Costa Silva “há um ponto cuja ausência tem de ser vivamente lamentada: a educação e a formação profissional”.
É “essencial acompanhar o exercício que, em Espanha, um governo de ideologia semelhante ao nosso, está a fazer em diálogo alargado”, defende.
Para o gabinete de estudos, o plano “é indiscutivelmente melhor no diagnóstico dos problemas mundiais e nos seus reflexos em Portugal do que na análise dos problemas europeus, o que é surpreendente pois que se destinaria a integrar um plano europeu a realizar com fundos europeus”.
O plano de Costa Silva apresenta propostas “de forma descoordenada” e “não se percebe qual o critério de selecção utilizado”, dizem os autores, criticando ainda a falta de “qualquer quantificação” das medidas.
Já no boletim do Fórum para a Competitividade, referente ao segundo trimestre deste ano assinado por Pedro Braz Teixeira, divulgado na semana passada, a plataforma criticou o plano de Costa Silva considerando ser “ultra-intervencionista” e com uma “lacuna importante” na área da corrupção.
É curioso que o Forum para competitividade chegar mesmas conclusões que escrevemos aqui há alguns dias, SE NÃO HOUVER UMA REDUÇÃO OU CHOQUE FISCAL DE NADA SERVIRÁ investir na infraestrutura, atrair investimento em larga escala implica menos impostos menos burocracia menos corrupção e melhor Justiça para não só empresas mas também as famílias, tudo isto é óbvio e lógico menos para A Costa
… menos para António Costa