A CMA CGM garantiu um financiamento de 1,05 mil milhões de euros com garantia estatal, no âmbito dos apoios à economia para combater a Covid-19.
A CMA CGM contratou o empréstimo junto de um sindicato bancário formado pelo BNP Paribas, o HSBC France e o Société Générale. A quarta maior companhia de contentores do mundo optou por participar do esquema de garantia de empréstimos de 300 mil milhões de euros que o governo francês criou para ajudar as empresas gaulesas em tempo de pandemia.
A CMA CGM junta-se, assim, a outros operadores de transporte marítimo de contentores que têm recebido e injecções de dinheiro dos respectivos Estados, casos das asiáticas HMM (Coreia do Sul) e Yang Ming (Taiwan), e que têm sido criticadas por isso.
Rodolphe Saadé, CEO da CMA CGM, divulgou, no mês passado, um vídeo em que descreve a sua visão de uma cadeia de produção e de abastecimento à escala global mais equitativa e resiliente para o pós-Covid-19. “Esta crise certamente mudará os nossos hábitos de consumo e de trabalho. Isso terá impacto nos fluxos económicos mundiais e exigirá que todos repensemos os nossos modelos de cadeia de abastecimento”, referiu então.
Saadé considera que as cadeias de abastecimento precisarão, também, de ser capazes de reagir melhor a acentuadas reduções na oferta e na procura.
Como parte da sua estratégia durante a pandemia do novo coronavírus, a CMA CGM começou a enviar navios pelo Cabo da Boa Esperança nas rotas Ásia-Europa (em ambos os sentidos), em alternativa ao Canal do Suez em falta. O objetivo da companhia gaulesa é absorver capacidade durante a crise.