A frota mundial de aviões cargueiros deverá crescer 3,7% ao ano na próxima década, mais do que a frota de aviões de passageiros. prevê a Oliver Wyman.
De acordo com o “Global Fleet MRO Market Forecast 2023-2033”, a frota mundial de aviões cargueiros deverá passar dos actuais cerca de 2 200 aparelhos para perto dos 3 200.
Ao longo dos próximos dez anos, deverão entrar ao serviço 527 novos aparelhos e ser convertidos, de passageiros para carga, outros 972. Ao invés, espera-se a retirada do mercado de 599 aviões mais antigos.
A Oliver Wayman lembra que a produção de aviões cargueiros não sofreu com a pandemia, pelo contrário, com as entregas de novos aparelhos a manterem-se estáveis e a conversão de aviões de passageiros a atingirem níveis recordes em 2020 e 2021, na casa dos 100 aparelhos, bastante acima da média de 60-60 unidades.
A consultora prevê também alterações substantivas nos tipos de aviões cargueiros produzidos ao longo dos próximos anos, com o fim anunciado dos B767 e B777, o desenvolvimento dos B777XF e A350F e as conversões dos B777-200LT, B777-300ER. B737 e A320ceo.
Em termos globais, o “Global Fleet MRO Market Forecast 2023-2033” antecipa que a frota mundial de aviões comerciais deverá crescer 33% na próxima década, dos actuais 27 385 aparelhos para 36 305, com a entrega de 20 600 novos aviões.
A Índia será o mercado com o maior crescimento (8% ao ano, contra apenas 2,9% da médio global), seguida da Europa de Leste (+6,3%) e da China (+5%).
A frota da Europa Ocidental crescerá apenas 1,5% ao ano e a da América do Norte fará pouco melhor (+1,7%).
Na Rússia, a frota de aviação comercial deverá mesmo regredir 2,8% em número de aparelhos, prevê a Oliver Wyman.