A frota mundial de navios porta-contentores cresceu, em 2020, ao nível mais baixo dos últimos anos: 2,9% para 23,9 milhões de TEU, segundo a Alphaliner.
Ao longo do ano passado, apenas foram entregues 134 porta-contentores, com uma capacidade agregada de 839 842 TEU. Muito longe dos 1,74 milhões de TEU registados em 2015, lembra a consultora.
Do mesmo modo, as encomendas caíram 29,6%, para 98 navios e um milhão de TEU de capacidade. E valeu, ainda assim, a “corrida” aos navios de 24 mil TEU que marcou o último trimestre.
Num ano difícil, marcado pela pandemia de Covid-19, a frota de porta-contentores inactivos caiu a pique, 83%, para a casa dos 230 mil TEU.
Os desmantelamentos de porta-contentores, esses mantiveram-se relativamente estáveis face a 2019, tendo-se fixado nos 205 mil TEU.
“Big four” controlam 56% da oferta
Mesmo sem encomendas nem novos navios, a Maersk manteve a liderança do mercado, em capacidade de transporte, com uma quota de 17%, relativa a 4,1 milhões de TEU.
A MSC, sua parceria na aliança 2M, fechou o ano mais perto, com quase 3,9 milhões de TEU e uma quota de 15,9%. E poderá tornar-se número um, com a entrega das novas encomendas.
Praticamente a par, COSCO e CMA CGM detêm, cada, 3 milhões de TEU, que lhes conferem quotas de 12,5 e 12,4%, respectivamente.
A partir daí o fosso alarga-se, com três companhias mais acima do milhão de TEU de capacidade de transporte: Hapag-lloyd, ONE e Evergreen.
A Evergreen detém, precisamente, a maior carteira de encomendas, com um total de 468 mil TEU contratados. Seguem-se-a a MSC com 232 mil TEU, a CMA CGM com 304 mil, e a COSCO com 276 mil.
Com mais de 100 mil TEU encomendados estão ainda a ONE (174 mil), a Hapag-Lloyd (142 mil), a Yang Ming (141 mil) e a HMM (128 mil).
A Maersk tem encomendados 18 navios, mas com uma capacidade agregada de apenas 46 140 TEU.