No início de Julho, eram 300 os navios porta-contentores inactivos, com uma capacidade combinada de 800 000 TEU, de acordo com a Drewry.
A consultora lembra que no mesmo mês de 2015 e de 2014, a a capacidade combinada inactiva era de menos de um quarto da registada actualmente, com o número de navios parados por falta de trabalho a crescer em todas as dimensões.
A frota inactiva corresponde actualmente a 4% da capacidade total mundial de transporte de contentores, contra 1% há um ano.
Os navios inactivos com capacidades de 3 000 – 5 000 TEU e de 5 000 – 8 000TEU cresceram bastante nos últimos dois anos, ao passo que apenas cinco navios com capacidade superior a 13 000 TEU estavam parados em Julho último. Sem surpresa, os navios Panamax (4 500 – 5 000 TEU) serão, segundo a Drewry, os que mais vão sofrer, devendo muitos serem enviados para desmantelamento, no seguimento da inauguração, no fim de Junho, do alargado Canal do Panamá.
Há vários factores a explicar/justificar este aumento da frota inactiva. Entre eles, o aumento da capacidade disponibilizada pelas companhias e uma época alta fraca no Trans-Pacífico, com a combinação de baixos preços de fretes e pouca procura, o que levou, indica a Drewry, à decisão “pouco usual das companhias de subtraírem navios em Julho”.