Desde o início do ano, a frota mundial de porta-contentores cresceu um milhão de TEU, com um ritmo crescente de entregas a cada mês que passa. E no entanto não há um excesso de oferta, constata a Alphaliner.
Só em Abril, saíram dos estaleiros (maioritariamente chineses) 50 novos porta-contentores, com uma capacidade agregada de 333 mil TEU. Mais do que a frota da PIL, número 12 mundial, no ranking da Alphaliner.
Em Março, contaram-se 41 novos navios, com uma oferta de capacidade de 260 mil TEU. Desde o início do ano já entraram no mercado um milhão de TEU de capacidade.
Apesar disso, realça a consultora, a tão temida (e anunciada) crise de excesso de oferta de capacidade ainda não se faz sentir, com o desvio dos navios do Ásia – Europa para a Rota do Cabo (por causa da crise no Mar Vermelho) e o slow steaming (para reduzir as emissões) a absorverem o acréscimo de navios.
A prova disso, acrescenta, é que no final de Abril apenas 0,6% da frota estava imobilizada.
“Há alguns anos, muitos previram que o shipping de contentores enfrentaria uma situação de enorme excesso de capacidade em 2024, mas até agora o mercado absorveu bastante bem toda a nova capacidade”, observou a Alphaliner.
“Apesar do grande número de novas construções, totalizando cerca de 1 milhão de TEU de capacidade, entregues desde o início do ano, a oferta em tonelagem permanece bastante restrita. Actualmente, a frota pode ser considerada ‘plenamente empregada”, acrescentou.
No ano passado, a frota mundial de porta-contentores recebeu 350 novos navios, num total de 2,3 milhões de TEU.
Para este ano espera-se a entrada no mercado de 478 navios, com uma capacidade agregada de 3,1 milhões de TEU.