O mercado da carga aérea crescerá a um ritmo anual de 5,2% nos próximos 20 anos, prevê a Boeing na última edição do seu Market Outlook.
O estudo agora divulgado reporta ao período 2011-2031. Nesse entretanto, a frota mundial de aviões cargueiros deverá crescer de 1 740 para 3 200 aparelhos, prevê a construtora norte-americana.
Mas as necessidades serão ainda maiores, porque haverá que substituir os aviões mais antigos. E assim a Boeing estima que serão precisos 2 760 cargueiros, dos quais 1 820 serão convertidos de aviões de passageiros e os restantes 940 construídos de raiz.
As novas construções, com um valor estimado de 250 mil milhões de dólares, serão fundamentalmente de aviões de grande porte, com uma capacidade de carga de mais de 80 toneladas. A Boeing antecipa que esse segmento de mercado precisará de 930 aparelhos, e desses 680 serão novos e 250 convertidos.
Novos serão também 260 cargueiros de médio porte (entre as 45 e as 80 toneladas), num total de 710 unidades que serão necessárias para esse segmento de mercado, dominado pelos operadores expresso.
Os cargueiros mais pequenos (até às 45 toneladas de capacidade de carga) continuarão a ser quase exclusivamente convertidos de aviões de passageiros. A Boeing prevê que sejam necessários 1 120 até 2031.
Em termos globais (aviões de passageiros e de carga), a Boeing prevê que o mercado mundial necessitará de 34 mil novos aparelhos nas próximas duas décadas, o que fará praticamente dobrar a frota actual.
As companhias da Ásia-Pacífico serão as melhores clientes, com 12 030 aviões, seguidas das da Europa, com 7 7760, e das da América do Norte, com 7 290. A América Latina precisará de 2 510 novos aviões, o Médio Oriente de 2 370, a CIS de 1 140 e África apenas de 900 aparelhos.