A gama de funções das zonas logísticas é ampla, desde a simples consolidação de carga até serviços de logística avançados, trabalhando com agentes marítimos, empresas de transporte, despachantes, empresas de reparação de contentores e empresas de embalagem.
Muitas dessas zonas logísticas concorrem com os portos pela localização de instalações industriais e armazenamento e distribuição. A escassez de instalações industriais, os altos preços dos terrenos, os problemas de congestionamento, a localização dos mercados no interior e as restrições ambientais são alguns dos argumentos para as empresas não se instalarem em portos marítimos.
Muitos portos estimularam o surgimento de novas zonas logísticas em áreas portuárias ou adjacentes, com condições de trabalho mais flexíveis que as dos estivadores e formalidades alfandegárias mais suaves ou zonas francas.
As atividades logísticas do porto são de dois níveis. O primeiro nível inclui as atividades de preparação para o carregamento dos navios, enquanto o segundo nível diz respeito à distribuição de carga descarregada.
Existem três tipos de zonas logísticos centradas nos portos:
- Zona logística industrial – Este tipo está associado à manufatura e à indústria pesada, com alto consumo de material transportado por via marítimo.
- Zona logística de contentores – Este tipo inclui grandes armazéns próximos dos terminais de contentores com áreas CFS de consolidação e desconsolidação de contentores, para exportação ou para distribuição no hinterland.
- Zona logística especializada – Este tipo abrange uma variedade de funções, muitas vezes intimamente relacionadas com as características do porto marítimo, incluindo o armazenamento de granéis líquidos (produtos químicos), escritórios de importação-exportação ou empresas de software e de alto valor acrescentado.
Os tipos funcionais de zonas logísticas centrada no porto incluem:
- Atividades de logística envolvendo grandes volumes de cargas a granel, adequadas à navegação fluvial e transporte ferroviário.
- Atividades logísticas diretamente relacionadas com as empresas que possuem um local de produção na área portuária.
- Atividades logísticas relacionadas com as cargas que precisam de armazenamento flexível para criar uma zona de buffer (produtos sujeitos a sazonalidade ou abastecimento irregular).
- Atividades logísticas com grande dependência do transporte marítimo de curta distância.
Além disso, os portos são áreas competitivas para centros de distribuição em uma estrutura múltipla de importação e como centros de consolidação de cargas de exportação. A decisão de localizar um centro de distribuição dentro de um porto implica vantagens e desvantagens que incluem:
Os terrenos portuários tendem a ser mais caros por serem mais escassos e localizados em áreas de alta acessibilidade e conectividade. Muitas vezes, o prestador de serviços de logística não pode comprar o terreno, visto que a maioria dos portos são proprietários, sendo que a autoridade portuária concede temporariamente o terreno.
Muitos portos estimularam o surgimento de novas zonas logísticas em áreas portuárias ou adjacentes, com condições de trabalho mais flexíveis que as dos estivadores e formalidades alfandegárias mais suaves ou zonas francas.
Os prestadores de logística tendem a não localizar as atividades logísticas no porto, em parte devido à complexidade do sistema de mão-de-obra portuária.
Os tipos de armazéns das zonas logísticas nos portos incluem vários serviços:
Depósito – instalação projetada para armazenar mercadorias por longos períodos de tempo, mantidas em estoque até que um comprador seja encontrado.
Centro de distribuição – instalação de consolidação, armazenamento, embalagem, decomposição e outras funções de manuseio da carga.
A armazenagem no porto está sujeita a várias tendências:
Armazenamento JIT – Foi originalmente criado na indústria automóvel para reduzir o desperdício em termos de tempo e stock. Visa reduzir atividades que não geram valor acrescentado para o cliente.
Armazenamento verde e sustentável – Vários princípios permitem a redução do impacto ambiental em larga escala, como o uso de materiais sustentáveis, a eficiência energética e o uso de equipamentos elétricos.
Armazenamento colaborativo – Partilha de espaço de armazenamento de acordo com necessidade e localização.
Armazenamento para resposta às encomendas – As cadeias de distribuição hibridas Push&Pull em simultâneo, carecem de armazenagem junto aos portos, onde recebem cargas não comprometidas para resposta às encomendas com a finalização do produto no porto de acordo com as especificações dos clientes.
Os gestores de portos têm de estar atentos a estas questões.
Recursos:
https://www.iscea-emea.com/post/consideration-for-mix-push-and-pull
VÍTOR CALDEIRINHA