A reconstrução do porto das Lajes das Flores, nos Açores, é considerado “um projecto estruturante” para o país, em matéria de financiamento do Fundo de Coesão, segundo a Autoridade para a Gestão da Acção Climática e Sustentabilidade.
“É uma verba total de 168,3 milhões de euros para este projecto específico, que é um projecto considerado estruturante no nosso programa”, realçou Helena Azevedo, responsável pela entidade que gere o financiamento de um dos eixos do programa Portugal 2030, na Comissão de Economia do Parlamento açoriano, citada pela “Lusa”.
Segundo explicou, a obra de reconstrução do porto das Lajes das Flores, destruído pelo furacão Lorenzo, em Outubro de 2019, é um dos três projectos estruturais previsto pela Autoridade para a Gestão da Ação Climática e Sustentabilidade em todo o país.
“Isso demonstra bem a importância que é conferida pelo nosso programa a essa obra”, adiantou Helena Azevedo, acrescentando que o avultado investimento previsto na construção daquela infra-estrutura portuária levou mesmo a uma visita ao local de membros da Autoridade para a Gestão da Acção Climática e Sustentabilidade Europeia, para se inteirarem da importância da obra.
Além da reconstrução do porto das Lajes das Flores, as verbas previstas no Fundo de Coesão do programa Portugal 2030, preveem ainda uma outra verba de 136 milhões de euros para intervenções em vários portos e aeródromos dos Açores.
“Desses 136 milhões de euros, 76,4 milhões destinam-se a investimentos nos portos de Ponta Delgada, Praia da Vitória e Faial, e 59,6 milhões de euros para aerogares, na Terceira, Pico, São Jorge, Corvo e Flores”, elencou Helena Azevedo.
Além da representante da Autoridade para a Gestão da Acção Climática e Sustentabilidade, os deputados da Comissão de Economia do parlamento açoriano ouviram também uma representante do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que estudou, em modelo reduzido, seis cenários diferentes, sobre o projecto de reconstrução do porto das Lajes das Flores, antes de a obra ter sido lançada a concurso, no final de Setembro.
“Foram efectuados estudos de agitação, estabilidade, galgamentos e pressões e foram, do meu conhecimento, estudadas seis soluções para dois rumos principais e um rumo suplementar, daí ter levado muito mais tempo a encontrar a solução optimizada”, justificou Conceição Fortes, ainda de acordo com a “Lusa”.
O secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, Duarte Freitas, já garantiu que a Região investiu até agora “mais de 55 milhões de euros” em obras no porto das Lajes das Flores, “sem comparticipação da República.”
O Governo da República comprometeu-se, logo após a passagem do furacão Lorenzo, a suportar 80% do custo das obras de reconstrução, mas a Região alega que a “prometida solidariedade nacional” tarda em chegar.
É sabido que após 4 anos as ajudas para os Acores não foram disponibilizadas pelas finanças como acontece quase sempre com Costa e Medina !!