A eventual alienação da posição que o Novo Banco herdou do BES na Tertir está a atrair a atenção de fundos de investimento internacionais. A Mota-Engil, que controla o grupo de operação portuária, terá uma palavra a dizer.
Em causa está uma posição de 36,875% da Tertir adquirida em Dezembro do ano passado pelo BES, por cerca de 59 milhões de euros, avança o “JdN”. Um activo não estratégico para o Novo Banco, que poderá aliená-lo para realizar cash e melhorar o balanço.
Vender sim, mas não a qualquer preço. E interessados não faltarão. Desde logo, fundos de internacionais especializados em investimentos em infra-estruturas.
A Tertir controla os principais terminais de contentores nacionais – à excepção, claro, do Terminal XXI de Sines -, além de outros investimentos importantes, e tem em curso um ambicioso plano de expansão internacional, que passa por Espanha (com o terminal de contentores de Ferrol), pela América Latina (com o porto da Paita, no Peru), por África e pela Oceania (está na corrida ao novo porto de Dili, em Timor-Leste).
A alienação da posição do Novo Banco na Tertir poderá, assim, constituir uma oportunidade para a Mota-Engil encontrar um parceiro internacional com músculo financeiro para alavancar os seus projectos.