A anunciada fusão da Metro do Porto com a STCP afectará sobretudo os trabalhadores da operadora ferroviária. A empresa reconhece estar a negociar a redução de efectivos, mas não confirma o corte de 50%.
De acordo com o “DE”, a Metro do Porto comunicou já aos trabalhadores que vai reduzir 50% do efectivo da empresa, ou seja, 53 funcionários, sobretudo quadros técnicos e administrativos.
Fonte oficial da empresa contrapôs à “Lusa” que o número avançado “é uma primeira abordagem, que estamos agora a trabalhar internamente, com o apoio e a colaboração dos quadros e dos trabalhadores de ambas as empresas, e com as organizações que os representam”.
“Vamos procurar melhorar este documento, sempre num clima de paz social com os representantes dos trabalhadores. Não prescindimos do diálogo e da transparência”, reforçiu a mesma fonte.
Com a redução de 50% dos efectivos, que deverá ser feita através de um programa de saídas voluntárias, a Metro do Porto pretenderá, ainda segundo o “DE”, “obter poupanças de 1,1 milhões de euros”.
A fusão da Metro e da STCP está prevista no Plano Estratégico dos Transportes (PET), apresentado pelo Governo em Outubro do ano passado. A reestruturação das duas empresas deverá eliminar cerca de 190 postos de trabalho, num total agregado de cerca de 1 300.
Ainda de acordo com o “DE”, estará também em curso um processo de rescisão de cerca de uma centena de contratos de agentes de estação e informação do metro do Porto, funcionários da Boavex, empresa prestadora de serviços à Prometro, que detém a exploração do sistema de metropolitano da Invicta.