Pelo menos no imediato, a fusão das empresas públicas de transportes de passageiros que operam em Lisboa e Porto não implicará o desaparecimento de qualquer delas.
O Governo pretende levar a Conselho de Ministros, na próxima semana, o decreto-lei que tornará possível a acumulação do cargo de administrador executivo em mais do que uma empresa pública, avançou esta manhã o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro.
Esta alteração da legislação nacional permitirá que a Carris e o Metropolitano de Lisboa, na capital, e a STCP e a Metro do Porto, na Invicta, tenham uma administração única. Ou seja, a fusão far-se-á, pelo menos para já, ao nível da gestão de topo.
Mas antes o referido decreto-lei terá de ser promulgado e publicado em Diário da República. O que deixa pouco tempo para escolher as novas nomeações ainda este mês. Em Lisboa ainda não são conhecidas as datas das assembleias gerais das empresas públicas de transportes. No Porto, a STCP reunirá a 23 e a Metro a 29. Mas são possíveis adiamentos.
A partir da entrada em funções das administrações comuns, será possível avançar para a integração progressiva das estruturas de “back office”.
Recorde-se que já nos primórdios da Metro do Porto a empresa teve uma gestão comum com a STCP, tendo esse figurino sido posteriormente abandonado.