A criação da Infraestruturas de Portugal deverá permitir poupar mil milhões de euros em cinco anos, mais do dobro dos 350-400 milhões inicialmente previstos.
A duplicação das estimativas iniciais resulta do trabalho já desenvolvido para a concentração das gestoras rodoviária e ferroviária, que permitiu apurar “sinergias operacionais maiores do que o previsto”, e da “racionalização e venda de activos imobiliários e partes do negócio”, avançou à “Lusa” uma fonte do Ministério das Finanças.
No primeiro ano da fusão, as poupanças podem alcançar os 75 milhões de euros, face aos 50 milhões de euros inicialmente estimados.
O processo de fusão está a ser conduzido pelo presidente da EP, António Ramalho.
A Infraestruturas de Portugal contará com mais de 4 000 trabalhadores – dos quais 1 090 da Estradas de Portugal e 2 955 da Refer – e será a gestora de 13 515 quilómetros de rodovia e 2 794 quilómetros de ferrovia.
Falta ainda definir a modalidade jurídica da fusão e o modelo de governo da Infraestruturas de Portugal, redigir os estatutos da futura empresa e definir o plano estratégico para o triénio 2015-2017.