Pela segunda vez, a Loftleioir-Icelandic pediu mais tempo para apresentar uma proposta vinculativa para a compra de 49% da Azores Airlines. A nova data é o próximo dia 26.
O prazo agora falhado terminou às zero horas de terça-feira. Segundo o grupo SATA, a prorrogação solicitada pela operadora islandesa foi justificada com a “necessidade de efectuar uma análise mais minuciosa à informação disponibilizada na ‘data room’ que contém informação relativa à operação de alienação”.
A Loftleidir Icelandic, do grupo Icelandair, é a única candidata à privatização de 49% da Azores Airlines. Mas em declarações à “Lusa”, 23 de Abril, Erlendur Svavarsson, vice-presidente da companhia, referiu que a operadora ainda não tinha decidido se iria entrar na segunda fase do processo de alienação da transportadora aérea açoriana.
De acordo com o caderno de encargos da venda de capital da operadora açoriana, o futuro accionista da Azores Airlines terá que “respeitar obrigatoriamente” a manutenção do plano de renovação da frota iniciado com o
A321 NEO”.
O candidato terá ainda de promover o “cumprimento da operação aérea regular mínima”, sendo que esta contempla as ligações entre o Continente e os Açores, nomeadamente as rotas liberalizadas entre Ponta Delgada e Lisboa, Ponta Delgada e Porto, Terceira e Lisboa, e Terceira e Porto.
O potencial interessado tem ainda de assegurar as ligações de obrigação de serviço público entre Lisboa e Horta, Lisboa e Pico, Lisboa e Santa Maria, Ponta Delgada e Funchal, bem como a ligação de Ponta Delgada com Frankfurt, a par das rotas a partir da Terceira e Ponta Delgada com Boston e Oakland, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.
O potencial comprador deve manter a identidade empresarial, a autonomia da operadora, a sua denominação social e a marca Azores Airlines, entre outros elementos de identificação, a par de um contributo para a empregabilidade local.
O capital social do grupo SATA é detido por um único accionista, a Região Autónoma dos Açores.
A Azores Airlines fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, estando ainda por fechar as contas do ano.