Os ministros dos Transportes do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, aprovaram a criação de uma “mesa de emergência” permanente sobre transporte marítimo, face às crises actuais, como a do Mar Vermelho.
A proposta de criação da “mesa de emergência” foi avançada pelo ministro canadiano, Pablo Rodriguez, e teve o acolhimento dos seus homólogos da Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, que dedicaram o último dia da sua reunião, em Itália, às ligações marítimas, “um elemento estratégico” devido aos acontecimentos que estão a dificultar os fluxos logísticos, desde o conflito na Ucrânia aos ataques perpetrados pelos Hutis no Mar Vermelho.
Trata-se de “um problema de segurança para os trabalhadores e operadores, mas também um problema económico e um problema de direito à defesa”, explicou o anfitrião e vice-presidente do Executivo italiano, Matteo Salvini, na conferência de imprensa final.
Na declaração final saída reunião, os ministros dos Transportes do G7 estabeleceram o objectivo de garantir “sistemas de transporte acessíveis, sustentáveis, resilientes, eficientes, inclusivos e equitativos e cadeias de abastecimento transparentes, diversificadas, seguras, sustentáveis e fiáveis”.
O documento destaca o “contexto de policrise”, citando “a guerra ilegal de agressão da Rússia contra a Ucrânia, os ataques Huti a navios mercantes que transitam no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, as preocupações crescentes com o custo de vida e muitas outras crises que afectam os transportes, incluindo as alterações climáticas e as ameaças à cibersegurança”.
“A melhoria da conectividade dos transportes melhora o mercado de trabalho, permite a correspondência entre a oferta e a procura de competências e capacidades e apoia as cadeias de valor globais e a consequente produtividade económica”, defendem.
Os pontos-chave do documento incluem “a defesa da navegação nos mares Vermelho e Negro, o lançamento das missões ‘Aspides’ e ‘Prosperity Guardian’, os benefícios da transparência para os utilizadores dos transportes e o papel do G7 na coordenação global de políticas e medidas para facilitar os fluxos de transporte de mercadorias”, de acordo com o ministério italiano.