Maersk e Hapag-Lloyd, parceiras na Gemini Cooperation, decidiram optar pela Rota do Cabo para o arranque das operações, a 1 de Fevereiro do próximo ano.
“Após uma profunda avaliação, e dadas as continuadas preocupações de segurança no Mar Vermelho, a Hapag-Lloyd AG (Hapag-Lloyd) e a Maersk A/S (Maersk) (…) confirmam que esperam implementar gradualmente o seu network do Cabo da Boa Esperança no arranque da Gemini Cooperation, a em 1 de Fevereiro de 2025”, comunicaram ao mercado as duas companhias.
Precisamente há um mês, quando anunciaram a oferta de serviços da Gemini Cooperation, Maersk e Hapag-Lloyd apresentaram duas redes, uma baseada no Suez e outra na Rota do Cabo. E logo disseram que em Outubro decidiriam entre elas, em função da evolução da situação no Mar Vermelho.
A opção agora anunciada confirma a instabilidade no Mar Vermelho está para durar. O regresso ao Mar Vermelho (e a opção pela rede assente no Suez) só acontecerá “quando for seguro fazê-lo”, é dito no comunicado.
O network da Gemini Cooperation será, assim, constituído por 29 serviços principais e 28 shuttles intra-regionais (eram 30 na versão de Setembro), empregando um total de 340 navios, com uma capacidade de transporte agregada de cerca de 3,7 milhões de milhões de TEU.
Os promotores mantêm o objectivo de uma pontualidade de 90% (segundo os critérios da SeaIntel) a partir do momento em que se conclua a implementação da nova rede, o que está previsto acontecer até final de Junho de 2025 (até lá poderão subsistir ainda algumas sobreposições de serviços da 2M e da Gemini Cooperation).
Pelo menos para já, as duas companhias não se comprometem com o tempo que demorará uma futura mudança do network baseado na Rota do Cabo para o assente no Canal do Suez.