No mínimo, 5,3 mil milhões de euros é quanto o governo espanhol pretende encaixar com a concessão dos aeroportos de Madrid-Barajas e Barcelona-El Prat até ao final do ano. Estão na corrida seis consórcios, que integram os principais operadores europeus.
A Fraport, a Aeroports de Paris e a Ferrovial (que controla a britânica BAA) estão entre os candidatos à privatização de 90% das entidades gestoras dos aeroportos de Madrid e de Barcelona. Juntam-se-lhe, nos seis consórcios que formalizaram a intenção de concorrer, as construtoras espanholas FCC, Acciona, Abertis e San José, bem como a Siemens, o Fundo de Pensões do Canadá, a Borealis ou a gestora do aeroporto de Singapura.
Quatro dos consórcios candidatam-se aos dois aeroportos, sendo certo que o regulamento do concurso obriga a que as duas infra-estruturas fiquem com empresas diferentes, em nome da defesa da concorrência. Nos outros dois consórcios, um candidata-se a Barajas e o outro a Barcelona.
Ambas as concessões serão feitas por um período de 20 anos, prorrogável por mais cinco. O preço-base fixado é de 3,7 mil milhões de euros para Madrid e de 1,6 mil milhões de euros para Barcelona.
Os vencedores deterão 90% das sociedades gestoras dos dois aeroportos, mantendo-se os restantes 10% na órbita da AENA.
Durante a próxima semana deverão ser conhecidos os candidatos admitidos, que assim poderão aceder aos “livros” dos dois aeroportos para apresentarem as suas ofertas até ao final de Outubro.
A intenção do Executivo de Zapatero é concluir o processo até ao final do ano. Mas em Novembro haverá eleições, e tudo indica que o PP sucederá ao PSOE, o que poderá atrasar o fecho dos negócios.