O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, a venda da Efacec ao grupo português DST SGPS, o único a apresentar uma proposta final à compra dos 71,73% da empresa detidos pelo Estado.
“O Conselho de Ministros tomou a decisão de conclusão do processo de privatização a Efacec, depois de 14 meses de processo, tendo concluído pela selecção do Grupo DST para a compra da participação na Efacec”, precisou o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, em conferência de imprensa, em Lisboa.
O governante salientou que, na sequência desta decisão, o Grupo DST fará um aporte financeiro para reforçar os capitais próprios da Efacec de 81 milhões de euros.
A operação, precisou João Nuno Mendes, envolverá uma pré-capitalização a ser realizada pela Parpública e financiamento por parte do Banco de Fomento, o que, referiu, “permitirá ao Estado português reaver um conjunto de garantias de Estado que tinham sido prestadas ao longo destes dois anos a financiamentos bancários concedidos à Efacec” e que são na ordem dos 115 milhões de euros.
“Após a assinatura do contrato de venda irá decorrer um período de reestruturação dos capitais próprios da empresa da qual poderá resultar, em virtude da pré-capitalização a ser feita pela Parpública, uma participação para o Estado português de até 25% na Efacec, nesta fase inicial”, salientou o secretário de Estado, destacando que “o Estado não pagou qualquer valor pela nacionalização da participação na Efacec”.
A Efacec tem uma importante posição como fornecedora de soluções e equipamentos para os sectores dos transportes e da mobilidade, nomeadamente na ferrovia, na mobilidade eléctrica e na logística.
O Estado entrou no capital da Efacec na sequência do afastamento de Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola.