O Governo aprovou em Conselho de Ministros o reforço em 62 milhões de euros do investimento da Metro do Porto na expansão da rede.
No mesmo documento, o Conselho de Ministros anuncia ainda que “reescalona a sua execução financeira, bem como autoriza despesa para a manutenção do sistema de sinalização para a Linha Rubi”.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, anunciou na semana passada um “reforço para a Linha Rubi” de “mais 50 milhões de euros”, acordado em reunião de secretários de Estado.
No dia seguinte, o presidente da Metro Porto, Tiago Braga, informou que o custo total da Linha Rubi do Metro do Porto, actualmente em construção, vai subir em 50 milhões de euros e que o preço ainda pode aumentar.
Tiago Braga explicou, na altura, que foi necessário “ajustar a arquitectura financeira do projecto para acomodar” gastos adicionais, nomeadamente “algumas questões associadas ao sistemas de sinalização”, que será diferente do actual para potenciar mais frequências.
“Não é nada de novo. Aconteceu na Linha Amarela, com a Linha Rosa”, recordou, assinalando que futuros sobrecustos podem vir ainda dos mecanismos de revisão de preços.
“Na Linha Rosa tivemos custos adicionais com o túnel. É conhecido. Porque construir um túnel não é uma ciência exacta, há trabalhos complementares associados à construção do próprio túnel. É preciso acomodar contingências associadas à própria natureza da obra”, justificou.
O presidente da Metro do Porto disse ainda que a Linha Rubi deverá abrir ao público faseadamente em 2026, devido à construção da ponte só se finalizar em 2027.
Com 6,4 quilómetros e oito estações, a Linha Rubi inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
Em V.N. Gaia, as estações previstas são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.
A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026, mas fonte do Metro do Porto já admitiu à “Lusa” que a ponte só deverá estar concluída em 2027, estando em causa sobretudo acabamentos.
Inicialmente o projecto tinha um custo de 435 milhões de euros.